Brasil 2 x 2 Itália – Seleção melhora em relação ao último jogo, mas ainda não consegue se impor contra grandes.


É claro que a seleção brasileira demonstrou uma melhora em relação ao jogo contra a Inglaterra. Dominou a Itália em vários momentos do jogo, teve mais posse de bola (54% x 46% da Itália) e chegou a estar ganhando por 2 a 0, porém, o velho problema de imposição da seleção brasileira contra seleções campeãs mundiais continua e o time cedeu o empate no segundo tempo, contando com a péssima atuação de David Luiz e com as alterações equivocadas de Felipão.

Apostando no 4-4-2 esquecido há algum tempo na seleção, o Brasil foi a campo com Fernando de primeiro volante mais marcador e Hernanes como volante de saída, sempre se apresentando ao ataque. No meio, Oscar foi o meia aberto pela direita, aprofundando em diagonal e Hulk foi o meia aberto pela esquerda, sempre buscando as jogadas pela linha de fundo e encostando no ataque, que tinha Neymar um pouco mais recuado se movimentando bastante e voltando para ajudar na marcação e Fred como o centroavante referencia.

Já na Itália, Cesare Prandelli apostou no 4-3-1-2 com Pirlo de primeiro volante mais centralizado, mas também com liberdade para armar o time no ataque, Montolivo como volante de saída pelo lado esquerdo e De Rossi como volante um pouco mais fixo pela direita. Giaccherini era o meia de ligação, que também caia pelos lados buscando o jogo e encostava nos atacantes. No ataque, Balotelli e Osvaldo se revezavam como a referencia no ataque, sempre se movimentando bastante. Abaixo o desenho tático das duas seleções na primeira etapa.
Enquanto o Brasil se posicionava no 4-4-2, liberando Hernanes e Dani Alves para subir ao ataque, a Itália usava o 4-3-1-2 um pouco mais recuado tentando o contra-ataque.
Oscar teve boa atuação nos 62 minutos em jogou.
A primeira etapa teve o domínio das duas seleções, mas a Itália pecou muito na primeira metade, quando controlou mais o jogo e acabou errando nas finalizações, ou parando em Júlio César com boas defesas. Já o Brasil por outro lado, aproveitou seu momento no jogo - que foi na parte final do primeiro tempo - e fez os dois gols. O primeiro com Fred, que se posicionou bem na área e completou o cruzamento de Filipe Luís aos 33 minutos e o segundo em um rápido contra-ataque puxado por Neymar, que deu belo passe para Oscar completar para o gol aos 42 minutos.Abaixo o flagrante da linha de zagueiros e de volantes da Itália e da linha de meias e atacantes do Brasil, com Neymar atrás de Fred como segundo atacante.
Flagrante tático das duas seleções.

Se no primeiro tempo o Brasil aproveitou suas chances, não podemos dizer o mesmo na segunda etapa, em que foi visivelmente dominado pela Itália dentro de campo e no duelo de treinadores, em que Prandelli fez boas mudanças em sua seleção, enquanto Felipão não agradou nas alternativas para mudar o jogo.
Felipão mexeu mal no time.
Prandelli fez duas alterações no intervalo que mudaram o esquema tático e também a postura da Itália, tirando Pirlo para colocar Cerci e Osvaldo para colocar El Shaarawy, com isso a Itália passou do 4-3-1-2 para o 4-3-3 com bastante velocidade no ataque e as mudanças logo fizeram efeito, primeiro De Rossi diminuiu aos 9 minutos após cobrança de escanteio e dois minutos depois, Balotelli acertou um belo chute e encobriu Júlio César que nada pôde fazer.

Após os gols a Itália cresceu no jogo e ainda criou outras chances que Balotelli desperdiçou. Já o Brasil, não conseguia retomar o controle do jogo, então, Felipão fez algumas mudanças, tirando Oscar, Fred e Filipe Luís, para as entradas de Kaká, Diego Costa e Marcelo, mantendo o 4-4-2, aí que foi o erro, já que Oscar vinha fazendo um bom jogo, enquanto Hulk errava muitos lances e destoava do time, então acho que o melhor seria tirar Hulk e colocar Kaká em seu lugar, dando mais criatividade ao meio-campo. Abaixo como os times ficaram após as mudanças.
Na segunda etapa, Prandelli mudou a Itália para o 4-3-3 e deu certo, já Felipão manteve o 4-4-2 que não tinha mais efeito.

As mudanças de Felipão não deram certo e o time não conseguiu retomar o controle do jogo, dando à Itália a chance da virada e isso ficou evidente no número de finalizações, em que a Itália teve 22 chutes ao gol, enquanto o Brasil finalizou 15 vezes e dessas 15 finalizações, só 5 foram no gol. Esse número mostra a dificuldade da seleção em se impor nos setores ofensivos contra as grandes seleções e isso não irá mudar enquanto Felipão não achar seu meio-campo ideal e também o técnico tem que começar a ver melhor o jogo, promovendo mudanças que realmente fortaleçam o time e não mudanças que irão deixar igual, ou abaixar o nível técnico da seleção.

Vamos esperar o próximo jogo do Brasil para vermos se esse empate com sabor de derrota para a Itália irá servir para alguma coisa e também para podermos dizer se Felipão já tem em mente um time base para a Copa das Confederações que já está chegando.

Tatica do Jogo

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