Guerrero', Corinthians derruba o campeão europeu e conquista o mundo


O ano de 2012 ficará para sempre na memória corintiana. Depois de conquistar a Libertadores, o time paulista foi ao Japão conquistar o mundo, embalado por sua torcida. Contra o Chelsea, valeu mais uma vez o faro artilheiro de Guerrero, e o Corinthians venceu por 1 a 0.

O Corinthians fez um grande jogo, principalmente no segundo tempo, e com muita raça e bom futebol, acabou fazendo a festa do bando de loucos que deixaram o Brasil para transformar Yokohama na casa corintiana. Guerrero, que esteve ameaçado de ficar fora do Mundial, saiu como herói. Assim como em 2000, o Corinthians é campeão do mundo.

No embalo da Fiel

No Japão, mas em casa. Assim se sentiu o time do Corinthians ao entrar em campo tamanho o apoio da torcida. Sabia a equipe comandada por Tite que o equilíbrio seria muito maior na partida do que nas arquibancadas, pintadas de alvinegro. E assim foi, um jogo duro e disputado, com muita marcação dos dois lados, mas também um jogo de técnica e boas jogadas.

O Corinthians fez a primeira grande jogada de efeito, na ponta esquerda, em tabela entre Fábio Santos e Danilo, que quase terminou com finalização de Paulinho. O Chelsea não daria esse prazer do gol-relâmpago aos brasileiros, chegou junto e impediu o chute do meia.

A resposta azul foi mais contundente. Um milagre, meio no susto, de Cássio, impediu em cima da linha o gol certo de Cahill, após falha generalizada do Corinthians em cobrança de escanteio.

Jogo tenso, nervoso, com poucos chutes e alternância de domínio. Bom de se ver. Clima de final de Mundial, para os jogadores das duas equipes. O pouco interesse inglês na partida se dissipou assim que o árbitro soprou o apito pela primeira vez, dando início à contagem de minutos.

A torcida londrina, pouco presente no estádio, mas certamente acompanhando em massa pela TV, internet, ou nos pubs (estariam abertos tão cedo para o jogo?), congelou quando a bola sobrou limpa para Emerson na entrada da área. O Sheik também pareceu surpreso com a facilidade e acabou enviando a pelota pelos ares, muito acima do gol de Cech.

A emoção foi a mesma do lado brasileiro quando Lampard lançou com perfeição para Fernando Torres, que dominou mantendo a bola no ar - extrema categoria - antes de tocar em direção ao gol. Cássio, seguro, envolveu a bola e tranquilizou os corações fieis. E não houve tempo para respirar: Moses tentou colocado na sequência e o gigante goleiro corintiano tirou com a ponta dos dedos.

Sacrifício de Guerrero vale o título mundial

Nenhuma das equipes mudou para o segundo tempo. A grande diferença é que os espaços começaram aos poucos a aparecer, talvez devido ao desgaste, físico e mental, de uma primeira parte intensa. Aumentou a correria, porém também os erros, e as duas equipes não souberam aproveitar da melhor forma as novas oportunidades que surgiam.

Aos oito minutos, o Chelsea conseguiu um contra-ataque rápido em bom passe de Mata para Hazard, mas o veloz jogador belga ficou sem ângulo para o chute e foi parado com facilidade por Cássio. Do outro lado Cech pouco trabalhava principalmente pelo bom trabalho defensivo de David Luiz, sempre atento na cobertura quando todo o resto falhava.

Apesar da boa chance de Hazard, o Corinthians cresceu no segundo tempo. Passou a ter a bola mais tempo no campo de ataque, rondando sempre a área de Cech. Faltava ainda ajustar a pontaria, como quando Guerrero fez o pivô com perfeição para a chegada de Paulinho: rede pelo lado de fora.

O Chelsea não conseguia mais deixar o campo de defesa, e se após grande jogada coletiva Danilo voltou a falhar na finalização, desta vez Guerrero estava lá na sobra para empurrar de cabeça para o fundo da rede. Aos 23 minutos, o "Pacaembu japonês" finalmente explodiu em festa.

Benítez finalmente colocou Oscar em campo, no lugar de Moses, para tentar aumentar a força ofensiva do Chelsea. Mas o Corinthians sabia o que fazer, passou a tocar a bola, atento ao desespero do rival, sempre indo ao ataque na menor chance para abalar a confiança azul na reação.

Nos acréscimos, Oscar levantou com perfeição na cabeça de Torres, Cássio saiu mal do gol e a bola entrou lentamente. A torcida fiel mais uma vez congelou, mas o espanhol estava em posição de impedimento. Ninguém estragaria a festa do Corinthians, campeão mundial de clubes, mais uma vez.


Da redação Léo Feitosa

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