O dia era 28 de novembro de 2012 quando Felipão foi anunciado como técnico da seleção brasileira. Afinal, a renovação com Mano Menezes não deu certo: demorou a formar time, mesmo com vários progressos. Foi batido pela imprensa e torcedores.
Felipão também. Formou o time dos 3x0 em atuação histórica na Espanha. Deu vexame com o time que sabia atuar sem bola: a Alemanha. Aquela que veio da base do Bayern de Heynckes, que destronou o Barcelona de posse e ditou as mudanças no futebol atual.
O gol no início de Muller em falha da defesa brasileira jogou o emocional pro lado de lá e acabou com o time. Apagão total, 3 gols em 3 minutos, suicídio em tentar sair com bola dominada com um time que marca pressão. Daí pra frente o Brasil foi um catado.
Todos são culpados nessa história que jamais terá fim. O maior vexame do futebol brasileiro.
Felipão continua especialista em formar grupos vencedores. Nem Neymar ou Thiago Silva fizeram falta. Assim como Barbosa não foi o culpado por 50. Resultado não muda qualidades atemporais.
Mas muda o que deve ser feito daqui pra frente. O início é na cultura do torcedor brasileiro, que vaia a cada lance perdido e chama o técnico de retranqueiro. Passa por tirar dívidas dos clubes trabalhando a base. Contratar um técnico e mantê-lo. Fazer jogador respeitar ordens. Perder muitos jogos para ganhar um.
A Alemanha demorou 13 anos e manteve o técnico desde 2006 para fazer isso aí. Mano Menezes não faria em 4 anos. Começa em ter paciência e deixar o imediatismo de lado.
Globo.com
Painel Tático com Léo Miranda