O 2012 na Amarelinha


2011 terminou em meio à desconfiança do torcedor brasileiro. No decorrer do ano, a seleção fracassou na Copa América, perdeu os amistosos mais significativos para Alemanha e França e teve vitórias não convincentes sobre Gana, Gabão e Costa Rica. O grande feito acabou por ser o triunfo sobre uma Argentina sem suas principais estrelas, no “Superclássico das Américas”. 2012 precisava ser melhor para a seleção brasileira do pressionado treinador Mano Menezes, com as Olimpíadas no meio do caminho como um “teste de fogo”

O ano começou com a promessa de uma equipe competitiva, com amistosos capazes de testar a qualidade do elenco, contra seleções de médio porte. Os resultados apareceram com vitórias sobre Bósnia, Dinamarca, e Estados Unidos. Porém, o time ganhava sem convencer.

Contra o México, ainda antes das Olimpíadas, a primeira grande decepção: derrota por 2 a 0. A seleção também não conseguiu passar pela Argentina de Lionel Messi (bem diferente daquele apanhado de jogadores do Superclássico). A equipe de Mano até mostrou bons momentos no seu grande teste do primeiro semestre, mas mais uma vez não teve forças para vencer um adversário tradicional, muito por culpa de Messi, que fez seu trabalho com maestria, com três gols.


Um trauma chamado Olimpíadas

Decepção em Londres ©Rafael Ribeiro / CBF























Os Jogos Olímpicos de Londres se apresentaram com um cenário promissor para a conquista da inédita medalha de ouro. O Brasil tinha um elenco claramente superior à concorrência, com estrelas como Neymar, Marcelo, Lucas, Thiago Silva, entre outros.

Como candidatos a estragar o sonho brasileiro havia, basicamente, Espanha, Uruguai e México. As duas primeiras seleções deram adeus à competição ainda na primeira fase, de forma decepcionante. Sobrou, então, o México como entrave para acabar com nossas esperanças. E assim o fez, a equipe mexicana mostrou um futebol muito disciplinado e ganhou a final no erro do time brasileiro. Ao Brasil, restou a prata, com sabor de derrota, diferente de muitas outras nos jogos.

Entretanto, as Olimpíadas nos presentearam com a explosão de um camisa 10: Oscar. Camisa 10, essa, que clamava por um dono há tempos. O menino mostrou maturidade, carregou o time em determinados momentos, superando as expectativas e assumiu o papel que, antes pensava-se que seria de Ganso. Por sinal, esse sim não correspondeu às apostas e saiu da competição mais queimado do que entrou.

Neymar se firma como grande jogador da seleção

Neymar, a esperança brasileira ©Rafael Ribeiro / CBF





















Apesar dos pontos baixos do ano, Neymar assumiu de vez o papel de protagonista da seleção brasileira e teve seu melhor ano com a amarelinha. Antes tratado como promessa, o garoto de 20 anos amadureceu e chamou a responsabilidade em vários jogos, terminando o ano como artilheiro da seleção. Além disso concorre para a seleção do ano da Fifa e, pela segunda vez consecutiva, é finalista do prêmio Puskás de gol mais bonito do ano.

Um adeus inesperado

Apesar do fracasso nas Olimpíadas, Mano Menezes resistiu no comando, de forma surpreendente. E a seleção acabou por atravessar seu melhor momento sob o comando do técnico no segundo semestre, com atuações em muitos momentos empolgantes, embora contra adversários de extrema fragilidade, como Iraque e China.

Quando ninguém pensava mais na possibilidade de demissão, com Mano bancado por Andrés Sánchez, diretor de seleções da CBF, e com a menor pressão sobre a seleção desde a Copa do Mundo de 2010, José Maria Marin surpreendeu a todos.

Aposta em dupla de campeões ©Rafael Ribeiro / CBF





















O presidente da CBF anunciou, no dia 23 de Novembro, que Mano não era mais o comandante da seleção. Logo surgiram nomes como Guardiola e Tite para preencher o cargo. O dirigente preferiu recorrer ao passado, com uma comissão campeã, com Felipão como técnico e Parreira como coordenador.

2013 promete ser um ano duro para a seleção brasileira, com a Copa das Confederações como principal teste. Com pouco tempo para trabalhar, a dupla Felipão e Parreira terá trabalho para recolocar o Brasil como favorito ao título da Copa do Mundo em 2014, como prometeram na apresentação.


O gol

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