José Rojas não imaginava que pudesse parar num clube que celebra exatamente o número com o qual se relaciona desde os primeiros passos no futebol. O místico 13 alvinegro é também o predileto do lateral-esquerdo, que numa data bem peculiar para o Botafogo pode ter o seu nome anunciado oficialmente em General Severiano.Azar para uns, sorte para outros. A "sexta-feira 13" é sempre um dia que remete a discussões populares. O Glorioso lida bem com o dia folclórico, justamente por cultuar o número, sinônimo de terror para muitos. O novo reforço alvinegro verá na nova casa o quanto dois algarismos incorporam tanto o espírito de um clube.
Ainda adolescente, Rojas não poderia imaginar que a relação com o número que o acompanharia por toda a carreira começaria curiosamente quando chegou à Universidad de Chile. Aos 13 anos de idade, o lateral fincava a chuteira no clube chileno. Posteriormente, já profissional, ele receberia a camisa que serviria como amuleto.
- Ele nunca soube explicar o porquê de ter ficado com a 13. O Rojas não é um jogador supersticioso, mas ele se apegou ao número e sempre usou na Universidad - contou o repórter responsável pelas notícias da La U para a Rádio Cooperativa do Chile, Gonzalo Contrera.
Mas o apego ao propagado número tem dias contados no Botafogo. Como a 13 é de Loco Abreu, o reforço provavelmente vestirá uma camisa normalmente destinada aos laterais. Menos badalada, mas certamente uma das mais históricas. A 6, de Nilton Santos, pode ser uma opção.
A questão numerológica ainda não é discutida. Até porque, o departamento de marketing não tem autorização para falar do jogador enquanto não houver anúncio oficial. Mas, por se tratar de mais um estrangeiro, o clube deve estudar alguma ação.
A transformação da mística alvinegra
Maldição no passado
A relação do Botafogo com o número 13 começou nos anos 40. Na época, o presidente do clube, Carlito Rocha, famoso por suas superstições, queria o 13 distante dos jogadores por achar que dava aza.
Da redaçao Isaac Cartaxo