Foi com reservas, no domingo, que o Corinthians pela primeira vez marcou mais do que dois gols na temporada. E empatou por 3 a 3 com o Comercial, lanterna do Campeonato Paulista. O time sabe que precisa calibrar a pontaria se quiser se sair bem na Copa Libertadores, prioridade do clube no ano. A dois dias de novo confronto com o Cruz Azul, líder da chave no torneio continental, é preciso aproveitar melhor as chances criadas.
"Nós estamos treinando", avisou o volante Paulinho, um dos que mais perderam gols no jogo de ida com o Cruz Azul, no México. "A bola não entrou, não teve jeito. Eu tive três ou quatro oportunidades, e o gol não saiu. Trabalhando, nós estamos. Só que tem dia que a bola não entra, isso faz parte do futebol", completou o camisa 8.
Ao final do treino desta segunda-feira, alguns homens de frente justamente demoraram mais para deixar o gramado a fim de ensaiar chutes contra os goleiros reservas. Principal nome do ataque, Liedson não esteve entre eles – o luso-brasileiro sofre com dores recorrentes no joelho esquerdo operado três vezes e recebe carga menor de trabalho – mesmo sem anotar gol há 11 partidas.
Dos 22 tentos do Corinthians no ano, somente dez foram de atacantes. O principais artilheiros do setor, no entanto, são reservas atualmente: Emerson, com três, e Willian e Elton, com dois gols cada. Jorge Henrique, Gilsinho e Adriano (que já deixou o clube) balançaram a rede uma vez, ao passo que Liedson e o praticamente encostado Bill passam 2012 em branco até o presente momento.
O que tem preocupado a torcida ainda mais é a maneira como o time busca os resultados. Assim como ocorreu na estreia da Libertadores, em que arrancou empate do Deportivo Táchira no último lance do jogo, o Corinthians somou um ponto em Ribeirão Preto, no domingo, só nos acréscimos.
"Isso (buscar resultado até o fim) cansa. É difícil sair perdendo e correr atrás do placar. Mas o Tite sempre nos diz que o fundamental é manter a concentração na partida", comentou Paulinho.
Da Redação: Rodolpho Oliveira